BONECREIRO

Quando:
9 Outubro, 2021@12:00 am_23 Janeiro, 2022@12:00 am
2021-10-09T00:00:00+01:00
2022-01-23T00:00:00+00:00
Onde:
Museu de Olaria
Contacto:
Museu de Olaria
253 824741
[:pt]BONECREIRO[:en]Bone[:] @ Museu de Olaria

 

A exposição Bonecreiro, que se apresentará entre os dias 9 de Outubro e 23 de janeiro de 2022 no Museu de Olaria de Barcelos, resulta do trabalho desenvolvido pelos artistas Alberto Berruto, Auréline Caltagirone, Carolina Garfo, Fábio Araújo, Francesco Caruso, Laura Monteiro, José Sottomayor e Maria Luísa Ramires numa residência artística organizada pela POUSIO – Arte e Cultura em parceria com o Museu, decorrida entre Maio e Junho deste ano em Barcelos.

Fomentando a criação e a experimentação interdisciplinar destes artistas emergentes em contacto com os artesãos locais do município, a residência artística procurou fortalecer, assim como dinamizar a pesquisa e a produção em torno do artesanato e das práticas artísticas de Barcelos, em diálogo com a sua comunidade.

Com curadoria de Ana Bacelar Begonha, Bonecreiro, que decorrerá na Sala da Capela do Museu, conta com trabalhos multidisciplinares que vão desde a cerâmica, à serigrafia, à pintura, ao vídeo ou ainda à performance e que se preocupam com reinventar e recontextualizar práticas tradicionais, assim como questionar as dicotomias entre velho e novo, digital e material ou real e ficcional.

A exposição contará também com uma projecção do documentário Bonecreiros (2021), de Alberto Berruto e Francesco Caruso, sobre o processo da residência, na Sala Multiusos do Museu no dia 20 de Novembro pelas 16h, para assinalar a semana em que se comemora o dia Mundial da Criatividade.

* Entrada livre |  lotação limitada

 

 ARTISTAS

Alberto Berruto (Turim, 1997) vive e trabalha entre Roma e Turim. Licenciou-se em Novas Tecnologias na Academia Albertina di Belle Arti em Turim (2017-2020) e passou um ano escolar na Accademia di Belle Arti em Carrara. Actualmente encontra-se no Mestrado de Cinematografia e Espetáculo que iniciou em 2020 na Accademia di Belle Arti em Roma. Tem desenvolvido trabalhos como conteúdos criativos de vídeos musicais, produção de curtas-metragens, projectos de realidade virtual e vídeos publicitários. De momento, encontra-se a orientar um projecto musical emergente, entre outros trabalhos como a gestão de redes sociais e a criação de sites. Ultimamente, tem desenvolvido um interesse por vídeos documentais resultante de uma abordagem agregada à realidade virtual.

Auréline Caltagirone (Nice, 1993) vive e trabalha em Lisboa, onde estuda Joalharia Contemporânea na Ar.co – Centro de Arte e Comunicação Visual. É Mestre em Expressão Plástica, especializada em Design de Produto e Cerâmica (2017) pela Escola de Belas Artes de Limoges (França). Expõe colectivamente desde 2015. No seu trabalho, combina as práticas tradicionais com as novas tecnologias, para criar elementos híbridos. Convida-nos a uma reflexão social e cultural, examinando os usos e os rituais induzidos pelos objectos que nos cercam.

Carolina Garfo (Paradela do Rio, 1993) nasce e cresce rodeada pela cerâmica. Após ter-se licenciado em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e ter integrado o programa de estudos em Práticas Artísticas da Maumaus, regressa ao ninho e concentra-se na cerâmica. Sediada actualmente na oficina e galeria Arte da Terra em Paradela do Rio, uma aldeia do concelho de Montalegre, Carolina explora o barro, dando voz e espaço a criaturas e ambientes do seu imaginário. Com gosto e determinação, também tem estado atenta às culturas e tradições locais, algo que se preocupa em valorizar e preservar nas gerações contemporâneas. Neste sentido, desde 2015 que participa na organização do Festival do Castanho e em 2017 fundou e coordenou o projecto de residência artística Para de lá dos Montes. À parte a sua participação em diversas exposições colectivas, em 2019 realizou a sua primeira exposição individual de cerâmica, Ponto Amarelo, que arrancou na Galeria do Casino de Lisboa, seguindo até ao Espaço Ócio no Porto. Em 2020, em dupla com a Maria Petrucci, criou Sem Cavalos, uma exposição de cerâmica e som no O STAND PROJECT em Lisboa.

Fábio Araújo (Santa Maria da Feira, 1996) vive e trabalha em Santa Maria da Feira. Tem um Mestrado em Desenho – Artes Plásticas (2020) e uma Licenciatura em Pintura – Artes Plásticas (2018) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Foi estudante na Akademie výtvarných umění v Praze em Praga, CZ (2019/2020). A partir de outubro de 2021 será docente na Categoria de Assistente Convidado na Escola de Arquitetura, Arte e Design – Universidade do Minho, PT. Expõe colectiva e individualmente desde 2012, podendo mencionar as exposições individuais Backyard interventions (or how to deviate from it’s sayings) (2021), B93, no âmbito da Residência Artística ARE Holland, Enschede, NL e Passagens por terras de ninguém (2020), Museu da FBAUP, PT; e as exposições colectivas Coação Pictórica (2021), Galeria Municipal – Casa dos Crivos, Braga, PT e Noroeste – Sudeste (2019) no Lugar do Desenho, Fundação Júlio Resende, PT. É vencedor do Concurso Novos Artistas da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (2021), PT e finalista da Portuguese Emerging Art – Green Edition (2020), PT. O trabalho que tem vindo a desenvolver pretende explorar a relação que o desenho e os objetos pictóricos podem estabelecer com ações performativas a partir de um processo de re-documentação.

Francesco Caruso (Salerno, 1995) vive e trabalha em Turim. Após se ter licenciado em Novas Tecnologias na Accademia di Belle Arti de Turim, em 2020 iniciou o Mestrado de Cinema e Media na Universidade de Turim. Desde muito jovem apaixonado pela fotografia, no decorrer do seu percurso no ensino secundário artístico, começou a desenvolver vídeos musicais e curtas-metragens com os seus colegas. Após esta experiência, continuou a desenvolver vídeos para eventos culturais, publicitários e musicais, mantendo activamente a sua produção artística de domínio fotográfico. O seu ponto de vista é sempre direccionado à procura do real, sem excluir uma aproximação criativa e sensível aos grandes temas da contemporaneidade.

José Sottomayor (Lisboa, 1997) vive e trabalha em Lisboa. Estudou na Escola Secundária Artística António Arroio e especializou-se em cerâmica. Em 2018 licenciou-se em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Teve a sua primeira exposição individual, Where is the purple man no espaço Duplex em 2019/2020. Tem participado em exposições colectivas como a Casa da Dona Laura 4, Yellow is where the art is e no festival SOMA. Dentro da associação POUSIO desenvolve o papel de criação de novos projectos e coordenação de residências artísticas, como membro da direcção. Actualmente encontra-se a desenvolver um projeto na Associação Luzlinar no distrito de Bragança, onde tem explorado o universo dos ofícios e da matéria prima da terra. O seu trabalho artístico, maioritariamente escultura e desenho, tem como objecto principal de estudo a cor e a matéria, nas suas diferentes plasticidades.

Laura Monteiro (Lisboa, 1994) cresceu entre derivas na cidade e reuniões familiares. Frequentou o curso de Escultura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Entre tantos, ajuda e participa na organização de festas, encontros e convivas em Portugal e Ibiza. Aprende e pratica a auto-edição de objectos em papel para folhear. Dedica-se ao movimento dos pés e, mais recentemente, à sua em-raíz-são. Regista todos estes e outros acontecimentos em largas resmas de papel e parede.

Maria Luísa Ramires (Coimbra, 1994) vive e trabalha em Lisboa. Concluiu o curso de Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 2016 e o Mestrado de Mercados da Arte no ISCTE em 2018.  Combina frequentemente técnicas manuais com técnicas digitais, remetendo-nos para a união entre estes dois mundos.  Expõe o seu trabalho desde 2016, em Portugal e no estrangeiro, de onde se destacam as exposições Rhizom 21 em Nykobing, Dinamarca e Carmo, Chiado e a Respublica Litteraria: Artes na Esfera Pública em Auckland e na Maison André Gouveia em Paris. Conta com exposições em diversas instituições como o Museu Nacional Machado de Castro em Coimbra, o Museu Nacional do Tesouro da Misericórdia em Viseu, o Convento do Carmo, o Museu da Guarda e a Casa das Histórias em Cascais. Participa regularmente em residências artísticas, como a Kunstkollektive 8B em 2020 e Bonecreiro em 2021. Actualmente é representada pelas Galerias Meraki e Amorpho.

 

A POUSIO – Arte e Cultura é uma associação que surgiu em 2019 para dar resposta à necessidade de criação de novos contextos de produção artística. Liga produtores culturais nacionais – artistas, curadores, museólogos e investigadores – a comunidades social ou culturalmente isoladas no país. Propondo várias formas de contacto, a POUSIO tem como objetivo: evidenciar a importância da arte e da cultura como instrumentos de novas soluções sociais; Incentivar a produção artística desafiando-a a conhecer novas realidades, a abrir diálogo com novas comunidades e artistas, a expor a sua experiência; promover a troca de conhecimento e criar uma cultura de serviço – uma cultura que crie novos acessos. 

 

  | Produção da Exposição