Lavar o barro | Da Memória Individual à História Coletiva

À memória, à Herança e ao Coletivo,

Memorizamos para modelar os acontecimentos, tentamos contrariar a impermanência, negamos o esquecimento e a sua fuga à dor como característica humana, arquivamos tudo e esperamos que perdure no futuro.
Anestesiamos a nossa própria história coletiva, tentamos que não desapareça o agradável e repudiamos o que foi desconfortável.
Nesta exposição, quebra-se a parede que separa o público do doméstico, confrontando os dois até que se diluem. O conforto expectável do lar e o desconforto dos seus segredos. O poder paternal e a fragilidade aparente das amantes de flores. A morte e o Erotismo. A procura recorrente e redundante de desatar o nó que foi inconscientemente desenvolvido ou mais acertadamente, herdado.
Lavar o Barro é uma tentativa irónica, pesada e sensível de representações que ressaltam os comportamentos humanos e seus instintos mais brutos.
Uma fábula que cria contacto profundo com as nossas sensações individuais que estão inevitavelmente conectadas com os nossos antecedentes.
Um pouco de mim, de vocês, e de nós.