AQUA+32

Quando:
24 Junho, 2022@5:00 pm_25 Setembro, 2022@5:30 pm
2022-06-24T17:00:00+01:00
2022-09-25T17:30:00+01:00
Onde:
Museu de Olaria
R. Cónego Joaquim Gaiolas
4750-306 Barcelos
Contacto:
Museu de Olaria
253 824 741
AQUA+32 @ Museu de Olaria

Nota biográfica sobre o autor

Nascido em 1963, desde cedo teve contacto com a cerâmica, e logo na juventude emergiu a sua vontade de criar, manifestando-se através da pintura, do desenho e da escultura. Em 1988, iniciou a sua formação no CENCAL, nas Caldas da Rainha, cidade reconhecida como um dos principais centros cerâmicos portugueses e hoje reconhecida como Cidade Criativa da UNESCO no panorama do Artesanato e Arte Popular.

Foi ainda em 1989 que se estabeleceu com o seu espaço próprio e, em 1990, obteve o seu primeiro reconhecimento com o prémio “Recuperação de Formas Tradicionais”, no concurso de Design Cerâmico, Caldas da Rainha. Este foi apenas o primeiro de muitos. Dedicou grande parte da década de noventa e do novo milénio ao ensino, à investigação e à experimentação em vários domínios da produção de cerâmica a altas temperaturas e inspirado em técnicas milenares orientais e ocidentais da produção de cerâmica, que associa à sua paixão pela escultura nas suas criações artísticas em cerâmica.

Hoje, conta com 32 anos de uma carreira inteiramente dedicada à cerâmica, e soma dezenas de exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais. Recentemente foi premiado na Bienal de Aveiro 2021 e é atualmente membro da Academia Internacional de Cerâmica.

AQUA+32

Um momento de reflexão, de sentir o significado da água no meu trabalho e na minha vida, desde que a senti tocar o meu corpo.
A água percorre a Ria de Aveiro, as veias que percorrem o corpo do ceramista, a matéria transformada pelas mãos do ceramista, o qual aplica a sua força como as correntes que levam as marés através dos canais. O objeto que nasce do barro banhado pela água vem contar uma história, olhando o tempo que traz e leva, momentos da vida das gentes da Água. As formas onde essa água continua a sua viagem, são por vezes orgânicas, outras geométricas. Mas todas elas nos transportam a um momento onde o ceramista procura o equilíbrio na sua criação, como o intervalo entre as marés onde a luz na água reflete o que a envolve.
Entre elas, existem diálogos, narrativas, matéria-criador, objeto-observador, mas todos estes momentos apenas acontecem pela união das águas com a matéria.

H2O (l) + MATÉRIA (s) criação do objeto
Nessa constante procura, o meu caminho seguiu duas direções:
Os diálogos, que viajam por AQUA, levam-nos, pelos canais da Ria, à imagem da mulher cujo regaço transporta as crianças que um dia irão percorrer os caminhos da água, umas vezes familiares, outras desconhecidas. Pela mão das crianças, somos levados a questionar as histórias que os caminhos da água percorrem, o seu presente e o seu passado.
Por +32, acontece uma viagem pelo meu trabalho através do grés e da porcelana transformada pelo alto fogo, umas vezes vidrado, outras não, revelando a textura natural das pastas.
Onde a forma do objeto é sentida ao ser tocado, e olhada na relação objeto – utilizador, que nos leva até ao seu arquétipo – a tigela.

Fotos da exposição  – Da montagem à instalação final